quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Noiva de Cristo

Em maio, comemoramos o mês das noivas, um período especial, onde existe alegria, expectativa, comunhão, festas, dentre outras comemorações. Afigura do casamento é usada freqüentemente nas Escrituras para representar a relação entre Deus e seu povo. No Velho Testamento, Deus é o marido e o povo de Israel, a mulher. No Novo Testamento, Cristo é o noivo e a igreja, a noiva. Como noiva de Cristo, devemos estar adornada para o Seu Esposo.
Todo o simbolismo do casamento do Cordeiro com a igreja apresenta um belo conto romântico, as Escrituras servem para nos habilitar “para toda boa obra” (II Tm. 3:16-17). Toda essa história de uma noiva esperando a chegada do noivo serve, também, para nos instruir. A ênfase de textos como Ezequiel 16 e Efésios 5 está no adorno da noiva. Consideremos algumas mensagens importantes:
• A beleza da noiva vem do noivo! Não é assim nos casamentos humanos, a noiva escolhe o vestido, arruma os cabelos e faz tudo para chegar à cerimônia adornada para agradar o noivo. Mas toda a beleza da noiva de (Ez. 16:1-14) veio do marido. Deus encontrou Israel como uma menina recém-nascida abandonada pelos próprios pais. Ele cuidou dessa menina durante anos e, quando ela cresceu, casou-se com ela. Ele a lavou e a vestiu com as melhores roupas. Colocou nela enfeites e jóias finas. Deu-lhe os melhores alimentos, e ela se tornou absolutamente linda. Deus disse “...pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti” (Ez. 16:14). A beleza da noiva depende do noivo, sendo assim, a beleza da igreja vem de Cristo. Ele se entregou para santificar e lavar a igreja, “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef. 5:27).
• Jesus quer uma igreja composta de pessoas santas. Numa cerimônia de casamento, o momento mais especial é a entrada da noiva. O noivo espera ver a sua noiva resplandecente entrar para fazer um pacto solene com ele. Imagine a noiva entrando usando um vestido sujo e rasgado, com seus cabelos totalmente desarrumados, e com lama no rosto. O noivo, provavelmente, sairia correndo! E se Jesus voltar e encontrar a sua noiva suja e usando roupas rasgadas e manchadas? Ele quer um povo santo (I Pe. 1:13-16) que demonstra a sua santidade no seu proceder no dia-a-dia (I Pe. 2:11-23).
• Nem todas as igrejas agem como uma noiva pura. Considere as igrejas da Ásia: A congregação em Éfeso não aceitava homens maus e mentirosos, mas abandonou o seu primeiro amor (Ap. 2:2-5); Em Pérgamo, a igreja conservava o nome do Senhor e não negou a fé, mas tolerava os que ensinavam falsas doutrinas (Ap. 2:13-15); A igreja de Tiatira era dedicada e ativa em obras, mas tolerava a falsa profetisa Jezabel (Ap. 2:19-20); Em Sardes, a igreja tinha uma reputação de ser viva, mas estava morta (Ap. 3:1-4); A congregação de Laodicéia tornou-se morna (Ap. 3:15-19). O livro de Apocalipse contém cartas aos anjos de sete igrejas. E se tivesse mais uma: “Ao anjo da igreja em Aquidauana...”, o que diria esta carta? Jesus elogiaria a fidelidade e dedicação da igreja, ou teria uma lista de queixas? Coletivamente, a congregação prega e pratica a verdade? Louva a Deus conforme a palavra dele? Rejeita doutrinas falsas? É uma igreja “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”? Antes de dar uma resposta definitiva, lembre-se de que a igreja é composta de pessoas. Individualmente, falamos e vivemos conforme a verdade? Somos seguidores de Cristo ou seguidores do mundo? Buscamos a prosperidade espiritual ou material? Usamos a palavra de Deus como espelho para corrigir as nossas vidas, ou imitamos o mundo? Somos santos, como Deus é santo?

Pr. Robinson L. de Araujo – CCA (adaptado)